Pastelão de Forno
Fica a dica do pasteleiro que não vi ela comentar: Acho que quanto mais fina a massa melhor fica a receita.
Pastelanha - Cupkake de lasanha com massa de Pastel
Receita de massa de pastel de feira - O estadão
FOTO: Leo Feltran
Rendimento: 15 unidades grandes
Esta receita de massa de pastel é um combinado de dicas de pasteleiros de feira, de pastelarias de rua e de professores de gastronomia do Senac e da Anhembi Morumbi. A massa presta-se ao recheio que você quiser – da carne à feijoada do almoço de ontem e até ao vento. Para não ter erro na hora do preparo, basta seguir os truques compilados nesta página, abaixo.
Ingredientes
3 xícaras de farinha de trigo (separar pelo menos uma xícara a mais para trabalhar a massa e dar o ponto)
1 copo e meio de água (400 ml)
2 colheres (sopa) de óleo
1 colher (sopa) de sal
1 dose de pinga (50 ml)
Preparo
1. Misture bem a farinha com o sal.
2. Abra um buraco no meio da farinha e jogue, aos poucos, a água, incorporando-a à farinha com as mãos num bowl fundo ou numa mesa lisa.
3. Acrescente a cachaça e continue misturando bem a massa.
4. Sove a massa, em uma superfície lisa, polvilhada de farinha, até que fique homogênea e pare de grudar nas mãos.
5. Deixe a massa descansar por 15 minutos coberta com pano úmido ou plástico filme.
6. Abra a massa com a ajuda de cilindros – é mais fácil – até a espessura mais fina que conseguir, sem que ela massa quebre; se não tiver a máquina, um rolo faz também a função.
7. Corte a massa já aberta com uma faca com até 30 cm de altura e 10 cm de largura, para ficar do tamanho de um pastel de feira.
8. Recheie a massa, ocupando no máximo metade do espaço, dobre a massa e feche as bordas com a ajuda de um garfo.
9. Depois de montar os pastéis, leve o quanto antes ao óleo quente para fritar.
FONTE: O estadão http://blogs.estadao.com.br/paladar/pastel/
Pastel, Pastel, Pastel!!!
A gordura vence o papel vagabundo e mela um pouco os dedos, mas não muito; a massa faz ‘crec’ na dentada, sem esfarelar; o vapor sobe às narinas, queima de leve a ponta do nariz; ali embaixo, não muito longe, entre paredes úmidas repousa o recheio. A primeira mordida num pastel pode ser descrita de mil formas, e nenhuma vai traduzir a experiência gastronômica mais comum, democrática e prazerosa que se pode ter em São Paulo.
FOTO: Leo Feltran
É impossível dissociar essa experiência das feiras livres paulistanas, que, neste ano, completam 100 anos. Boa parte dessa história é contada pela massa frita dourada, inflada de ar, recheada e fumegante de um palmo de altura que faz o engravatado e o pé-descalço sentarem lado a lado numa barraca montada sobre o asfalto.
A época da chegada dos pastéis às feiras livres é incerta. Estima-se que começaram a aparecer, pelas mãos de famílias de ascendência japonesa que já trabalhavam com verduras e legumes, em meados da década de 1950. Da origem da receita, que viria da China, também não há certeza: a massa de arroz frita teria sido adaptada por aqui à farinha de trigo pelos portugueses e depois adotada com gosto pelos japoneses.
O fato é que, de meados do século 20 para cá, os pastéis viraram instituição gastronômica, frequentada e devorada por gente de diferentes classes sociais – e países. É comum a cena de um gringo piscando os olhos surpreendido pela fumacinha quentíssima que sai de dentro da massa – para logo depois fartar-se com a fritura numa das 880 feiras de São Paulo, entre um gole e outro de caldo de cana.
Concurso
No centenário das feiras, a prosaica cultura pasteleira da cidade é valorizada. Prova disso (não bastasse a associação direta do paulistano entre o pastel e a feira) é que, este ano, retorna à cena o concurso de melhor pastel de feira de São Paulo – a competição existia desde 2009, mas no ano passado foi cancelada por falta de acordo entre o Sindicato dos Feirantes e a Prefeitura. A Secretaria de Abastecimento anunciou, no entanto, o retorno da prova, que deve ser realizada em novembro. Com degustações às cegas, o concurso elege os melhores pastéis da cidade e ajuda a movimentar o mercado – e elevar o padrão do petisco.
“Depois que ganhei, em 2009, no dia seguinte dobrou o movimento da barraca”, diz Kinuko Yonaha, mais conhecida como Maria, do Pastel da Maria, que virou até franquia. Maria continua nas feiras, onde começou a trabalhar aos 12 anos.
Hoje, aos 62, ela tem uma fábrica na Casa Verde para abastecer seu negócio e fornecer também para outros pasteleiros e restaurantes – calcula usar 200 kg de farinha por dia na produção da massa. “(Com o concurso) aumentou também a fiscalização sanitária e alguns pasteleiros ficaram bravos. Mas acho que melhorou a qualidade para todo mundo”, diz Maria, que freou a abertura de mais franquias por não conseguir controlar o que é vendido com seu nome. “Meu lugar é na feira. Foi ela que me deu sustento na dureza e, depois, sucesso.”
Assim como Maria, há 804 pasteleiros autorizados a trabalhar até seis vezes por semana nas feiras de São Paulo. Bem antes do modismo da comida de rua, estava lá, na rua, o pastel. E na rua ele resiste.
Gourmet?
Recentemente, a onda gourmetizante engoliu também o petisco. Em 2013, ex-funcionários do grupo Fasano lançaram A Pastella. A loja se dizia pastelaria gourmet, por usar óleo de canola canadense, rechear a massa com coisas como alcachofra e queijo brie e virou piada na internet. O negócio, porém, parece ter dado certo: uma filial foi aberta este ano no bairrro de Moema.
O mercado para a massa frita abriga todos: pastelarias familiares tradicionais seguem lotadas, como a Yokoyama, desde 1967 no bairro de Mirandópolis, ou a Yoka, desde 1996 na Liberdade, que ainda têm como mais vendidos os clássicos carne, queijo e palmito.
EM BUSCA DO PASTEL PERFEITO
É certo que na feira ele é irresistível – embora muitos pasteleiros feirantes usem ingredientes pouco nobres como Ajinomoto e gordura hidrogenada. Mas em casa, pastel de qualidade se faz apenas com água, farinha e sal – e um pouco de cachaça, para dar crocância à massa, asseguram especialistas. Tem gente que usa ovo, leite, óleo, mas a versão básica funciona bem. “Não tem por que complicar – senão não é mais pastel”, diz Maurício Lopes, professor de gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi.
Para fazer o pastel perfeito, gordinho, crocante, sequinho e bem dourado, basta cumprir as regras (e alguns truques) como os que você vai ler a seguir. Não acertou de primeira? Verifique os passos e dê mais uma chance.
A rua, a feira, o bar e a pastelaria são o hábitat natural do pastel. Mas é simples fazer a fritura em casa – com os truques dos profissionais reunidos abaixo, reproduz-se ao menos uma parte da experiência gastronômica pasteleira.
A massa
Pinga ni mim
O truque é familiar, mas funciona. “A cachaça não é mito”, diz Lucas Medina, professor de gastronomia do Centro Universitário Senac. “Deixa a massa mais crocante.” Ele diz que a bebida pode também ser substituída por algum outro álcool de cereais. Pastelarias como a Yoka, na Liberdade, também usam a pinga na mistura da massa.
Sovar, sovar
Uma vez misturada a massa, a primeira dica é sovar bastante, para que ela fique bem lisa, homogênea e elástica.
Espessura
Esticar a massa com cilindros é o ideal: quanto mais fina ela for, mais leve e crocante ficará o pastel depois de frito.
Direto pro óleo
Com a massa pronta, o ideal é rechear logo e fritar, mas se for guardar, enrole-a em plástico filme, que mantém a umidade e não deixa ressecar.
O recheio
Sem entuchar…
“A massa não pode ser entuchada de recheio. Tem que ter aquele espaço para o vapor sair devagarinho”, diz Maurício Lopes, professor de gastronomia da Anhembi Morumbi.
…E sem vazio exagerado
O espaço para o vapor, no entanto, não pode ser demasiado – entre metade e um terço do recheio é boa medida.
Para não desandar
Deixar o pastel recheado pronto na geladeira pode desandar a massa. Recheou, fritou.
A fritura
Sem onda
“O segredo está na fritura”, diz Maria Yonaha, do Pastel da Maria. Quando o óleo está na temperatura boa para fritar ele “fica parado” – antes disso, pequenas ondinhas formam-se na superfície do líquido, diz Maria.
Barulhos e borbulhas
A melhor forma de saber se já é hora de começar a fritar é jogar um pedaço de massa e observar como reage: deve fazer bolhas na hora e barulho.
Para não encharcar
Se o óleo estiver frio, a massa não borbulha nem faz barulho e encharca; se estiver quente demais, faz bolhas demais e torra logo. Para quem tiver termômetro, o ideal é cerca de 180°C.
Quanto mais óleo, melhor
Com 1 litro, frita-se um pastel grande como o da feira por vez. Com mais litros, frita-se mais e controla-se a temperatura: o óleo esfria mais devagar.
Sabor suave
O óleo utilizado faz diferença no sabor: de canola ou girassol são mais suaves. “Aquele ‘gosto de fritura’ é dado pelo óleo de soja”, diz Lucas Medina.
Vira-vira
O pastel normalmente boia na fritura e algumas partes acabam não ficando imersas no óleo. Deve-se virá-lo para que a fritura seja homogênea.
Olho vivo
Na temperatura correta, o pastel deve ficar fritando por entre 30 segundos e 1 minuto. Mas o olho é que determina: quando a massa está dourada e cheia de bolhas, com as bordas ameaçando amarronzar, é hora de tirar.
Seco e crocante
Para o pastel ficar sequinho, não se deve colocá-lo imediatamente de pois de frito no papel toalha, Deve-se secá-lo primeiro numa peneira ou mesmo em um escorredor de macarrão.
FONTE: O estadão http://blogs.estadao.com.br/paladar/carne-queijo-ou-palmito/
Chefs famosos preparam receitas de pasteis em comemoração aos 100 anos de feira livre em SP
Comemorando os 100 anos de feira livre na cidade de São Paulo, o Bar Original, zona sul da capital paulista, prepara festival de pastéis com 10 recheios diferentes (R$ 25,00 a porção com quatro unidades do sabor escolhido). Entre os dias 8 e 12 de setembro, além das variedades preparadas pela casa, chefs da cidade criam cinco das receitas disponíveis.
Além dos recheios criados pelos chefs, o Original apresenta, respectivamente em cada dia, os pastéis de galinha caipira à moda mineira; carne louca; linguiça na cachaça com queijo bandeirante; churrasco com queijo; e banana-da-terra com bacon.
Toda a renda obtida com o festival será revertida para a Gastromotiva, ONG responsável pela capacitação gastronômica de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: superchefs.com.br/noticias-de-gastronomia/chefs-famosos-preparam-receitas-de-pasteis/
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